sábado, 26 de fevereiro de 2011

Proporção de Importados no Consumo Nacional

Em 2010 os produtos estrangeiros responderam por 22% do consumo nacional.
Fonte: Veja 23/02/2011 p. 46

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que é uma ADR?

O que é uma ADR?

A pergunta vale como parte das atividades estruturadas. As avaliações serão creditadas aos três alunos que primeiro responderem de forma satisfatória. As respostas devem ser colocadas nos comentários e assinadas. O aluno deve citar a(s) fonte(s) da resposta.

O que é IPO?

IPO (lê-se Aipiô) é a sigla de Initial Public Offering, em português Oferta Pública Inicial. O IPO ocorre quando uma empresa abre seu capital na bolsa. O motivo principal do IPO é captar recursos para empresa.

Exemplo: A GOL, empresa aérea, pertencia a família Constantino, após a abertura do capital, a família vendeu boa parte do capital, obteve capital para comprar novas aeronaves, e ainda teve a sua parte no capital valorizada.

Alguns fundos, conhecidos como Private Equity , são especialistas em comprar empresas fechadas para após algumas mudanças na gestão, realizar o lançamento da empresa na bolsa, obtendo grande lucro na operação.

Fazendo uma analogia com uma construtora de apartamentos residenciais, o momento do IPO se assemelha ao lançamento de um edificío, é a hora em que a construtora capta recursos e se capitaliza para realizar novos projetos. Após o IPO as ações passam a pertencer a terceiros e novos negócios com essas ações não alteram o fluxo de caixa da empresa, é como alguém que comprou um apartamento da construtora no lançamento do edifício e vendeu para um colega de trabalho, essa operação não traz receitas para a construtora. Esse mercado pós-IPO é conhecido como mercado secundário.

Grande parte das ações dos IPOs de empresas brasileiras são adquiridas por estrangeiros. É muito comum que os bancos de investimento, instituições responsáveis por promover o IPO, faça um Roadshow que dura meses, visitando os potenciais compradores no exterior.

Os investimentos realizados em IPO são registrados no Balanço de Pagamentos (BP) através da conta financeira.

Historicamente os estrangeiros são responsáveis por comprar 60% a 80% das ações lançadas nos IPOs:

Em IPO da Droga Raia, investidores estrangeiros ficam com 64,8%
http://www.brasilemexame.com.br/mercados/noticias/em-ipo-da-droga-raia-investidores-estrangeiros-ficam-com-64-8
14/01/2011

Estrangeiro compra 73% da oferta da Aliansce http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/03/03/estrangeiro-compra-73-da-oferta-da-aliansce-915979109.asp

Dívida Externa

Meus alunos sempre me perguntam:
"O Brasil não pagou a dívida externa?"

Não, não pagou, ainda deve bastante, a dívida externa total supera os
US$ 200 bilhões (aproximadamente 12% do PIB), mais do que o dobro da
dívida na década de 80.

"Eu vi na televisão que o Brasil pagou a dívida externa, está até
emprestando dinheiro para o FMI"

O Brasil possui um saldo de reservas internacionais, uma espécie de
poupança, maior que a dívida externa (hoje está em aproximadamente US$ 300 bilhões).

"Se ele tem dinheiro para pagar por que não paga?"

Principalmente por dois motivos: primeiro que as reservas servem de
defesa para o Real, o Banco Central utiliza as reservas para executar
a política cambial brasileira, serve de escudo contra ataques
especulativos, e segundo por que a dívida externa custa pouco em
relação a dívida interna, os juros são menores e o Real tende a se
apreciar diante do dólar, tornando os juros ainda mais baixos.

Outra razão para o governo não pagar a dívida externa é que ele só
detém 35% dessa dívida (setor público não financeiro), o resto é de
bancos e empresas privadas, apesar de afetar a economia brasileira,
essa dívida não é pública.

"E a dívida interna?"

Essa é bem grandinha, faz anos que só cresce, uma vez que o governo
nunca consegue arrecadar mais do que gasta (superávit nominal),
atualmente corresponde a aproximadamente 45% do PIB, algo em torno de
R$ 1.500.000.000,00!

O que fazem as empresas de Private-Equity?

O que fazem as empresas de Private-Equity?

A pergunta vale como parte das atividades estruturadas. As avaliações serão creditadas aos três alunos que primeiro responderem de forma satisfatória. As respostas devem ser colocadas nos comentários e assinadas. O aluno deve citar a(s) fonte(s) da resposta.

Alternative investments in Brazil

Leitura Obrigatória para AV1:
The buys from Brazil

This year’s hot market for private-equity firms and hedge-fund managers

Alternative investments in Brazil

Feb 17th 2011 | SÃO Paulo 

 http://www.economist.com/node/18178275

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EUA X CHINA: Guerra ou Acordo Cambial?

Na década de 80 o Japão exportou bastante para os Estados Unidos, foi a época dos carros Toyota, walkman Sony e relógios Cassio entre outros produtos. O resultado do excesso de exportações foi uma supervalorização do Iene (ou Yen) em relação ao Dólar. As exportações fizeram os japoneses ficar muito ricos, no entanto seus produtos ficaram muito caros pelo excesso de valorização da moeda e o Japão perdeu sua velocidade de crescimento, passou quase duas décadas estagnado.

A China não cometeu o mesmo erro, lá o fluxo cambial é controlado pelo governo, não é livre como era no Japão e como prega os economistas clássicos adeptos do "laissez faire". Se a China deixar entrar todos os dólares gerados com suas exportações, a oferta de dólar vai superar a demanda, isto é, vai sobrar dólares, fazendo seu valor cair e a moeda chinesa, o Yuan, se valorizar como aconteceu com o Japão, prejudicando o ponto forte das exportações da China que é o baixo preço. Assim, os chineses utilizam as divisas geradas por suas exportações para comprar títulos da dívida americana, mantendo os dólares nos EUA e o seu câmbio artificialmente baixo. Por outro lado os EUA são os maiores compradores dos chineses, e financiá-los comprando títulos da dívida pública é um negócio da China!

Já os americanos precisam dos chineses, pois seu governo gasta bem mais do que arrecada, necessitando de financiar o déficit público através da emissão de títulos da dívida, que por sua vez tem os chineses como os seus maiores compradores mesmo pagando uma taxa de juros real negativa, em outras palavras, quem empresta ao Tio Sam resgata valores com poder de compra mais baixos do que quando emprestou, poderíamos até dizer que os americanos ganham para pegar dinheiro emprestado, mas os chineses parecem não se incomodar com isso, a dúvida é até quando essa relação vai permanecer?

Balanço de Pagamentos

As contas entre residentes e não residentes são registradas pelo Banco
Central (BC) no balanço de Pagamentos (BP). A idéia do Balanço de
Pagamentos é simples: A conta é creditada quando entra moeda
estrangeira no Brasil e debitada quando sai. Assim, por exemplo,
quando exportamos soja e recebemos dólares a conta fica positiva, e
quando um brasileiro faz compras de turismo no exterior faz-se um
registro negativo no balanço, uma vez que saiu divisas do Brasil.
As contas do BP são classificadas em dois grandes grupos: 1.
Transações Correntes e 2. Capital e Financeira

O grupo Transações Correntes por sua vez possui 4 sub-contas:
Balança Comercial, Balança de Serviço, Balança de Rendas e
Transferências Unilaterais.

A Balança Comercial registra todas as compras e vendas de bens (F.O.B.)
entre o país e o resto do mundo. Nos últimos anos esta conta tem sido
positiva para o Brasil, que por causa do aumento internacional dos
preços das commodities, hoje exporta mais do que importa, no entanto a
apreciação do Real frente ao dólar tem feito o superávit da balança
comercial diminuir nos últimos meses. O saldo é positivo, porém nada
extraordinário.

A Balança de Serviços registra o saldo dos serviços: Turismo, Frete,
Seguros, etc. Esta conta é tradicionalmente deficitária uma vez que
não temos tradição em prestação de serviços internacionais e
ultimamente os gastos dos turistas brasileiros no exterior tem se
elevado bastante, principalmente se comparado com o gasto de
estrangeiros no Brasil.

A Balança de Rendas registra as remunerações dos fatores de produção
enviados e recebidos pelo país (Juros, Lucros, Royalties...), no caso
do Brasil enviamos bastante divisas na forma de pagamento de juros e
remessa de lucros de empresas transnacionais (remuneração do fator de
produção - Capital) instaladas aqui, enquanto recebemos muito pouco
das transnacionais brasileiras instaladas no exterior, assim como
empréstimos de brasileiros a outros países, dessa forma o nosso saldo
na balança de rendas é terrivelmente deficitário, levando na maioria
das vezes toda a conta de transações correntes ao déficit.

Transferências Unilaterais, a última conta do saldo de transações
correntes, registra todas as transações sem contraparte entre o país e
o resto do mundo, ou seja doações e transferências feitas por
trabalhadores expatriados, essas doações são realizadas principalmente
por governos e ONGs internacionais, e em alguns países pobres boa
parte da renda vem de trabalhadores que foram tentar a vida em
economias desenvolvidas (ex. Porto Rico) e fazem regularmente o envio
de doações para suas famílias que ficaram em seu país de origem.
Enquanto o PIB do Haiti vem basicamente das Transferências
Unilaterais, em países grandes essa conta é pouco expressiva, como no
caso do Brasil em que temos um saldo positivo, porém este valor é
ínfimo se comparado as demais contas do saldo de transações correntes.

O segundo grande grupo é o das contas CAPITAL E FINANCEIRA
A conta de capital é simples, e representa apenas a mudança de
patrimônio de agentes que vão de um país para outro, possui baixa
representatividade no Balanço..

Já a conta FINANCEIRA é bastante abrangente, porém sua base são os
investimentos, empréstimos e amortizações realizadas entre os países.
O Brasil tem tido um saldo bastante positivo nessa conta uma vez que é
um dos países que mais captam empréstimos e investimentos no mundo, o
superávit dessa conta vem compensando o déficit das transações
correntes e equilibrando nosso Balanço de Pagamentos, no entanto é bom
lembrar que os empréstimos possuem juros e ainda que todo capital
investido aqui volta na forma de lucros, em resumo, que essa
"enxurrada" de empréstimos e investimentos que estão aportando no
Brasil criaram uma pressão deficitária na balança de rendas no futuro.

O saldo zero do Balanço de Pagamentos demonstra o equilíbrio nas
contas externas de um país.

Veja nota - SETOR EXTERNO - Banco Central do Brasil-  http://www.bcb.gov.br/?ecoimpext

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sejam Bem-Vindos!

Olá Pessoal,

Esse é o nosso blog. Aguardo os posts de vocês, sejam bem-vindos!

Antônio Amorim